Alvo da casa, terapia da família.
Feliz sempre como se não
Houvesse motivo pra ser triste.
Meu cão, que nem tem sentimento,
Anda pela casa sem tormento
Balançando o rabinho quando
Algum membro da família chega.
Pelo branco, encanta todo mundo
Com o seu tipo de amor.
Todo mundo ama ele.
O porteiro, a empregada e o zelador.
Na hora em que ele vê alguém
Chegando perto
O cãozinho esperto vira a barriga
Pra cima e mostra que não quer briga.
Não interrompe nem atrapalha ninguém
Ele quer carinho, porque
Quer ser gente também.
De manhã, a gente ouve os passos dele
É o membro da casa que acorda mais cedo
E de noite, se ouve algum rumor na porta
Ele late, espicha o pescoço e depois
Confessa que tem um pouco de medo.
Se alguém ameaça dar o bote
Ou faz algum gesto mais grosso
Ele pega o seu velho osso
E corre ao redor da mesa.
O contraste entre o branco feliz
E o preto do seu molhado nariz
É equilíbrio do alegre triste
É o que existe de pura beleza.
Sua prova de companhia é seu choro de lobo
Que faz quando alguém sai.
Meu cachorro é feliz,
Não atrapalha e sempre ajuda.
Meu cãozinho Duda.
Fábio Coelho (2007)
A alegria de viver
Há 9 anos
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