quarta-feira, 30 de julho de 2008

Terapia e a Ridicularidade


Se o amor fosse concentração no outro, tudo seria diferente. Daí vem a ilusão: o amor, antes de mais nada, é querer ser feliz. É lógico que há concentração no próximo, mas essa é priorizada para a felicidade, e não para o próximo. É incrível como não sabemos nem o que queremos e qual é a origem de sofrimento, se é que isso existe. Egocentrismo é ridículo, mas é terapia. Então eu prefiro terapia que ser ridículo, porque sê-lo qualquer um consegue, terapia é raro.

Fábio Coelho (10.06.08)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Elogios


Eu gosto de mim, de qualquer jeito, sem querer me expor nem calar sobre mim.O equilíbrio, entre seus milhares de conceitos, se faz entre a ausência da apressada necessidade de mostrar as virtudes e o orgulho, porque orgulho, muitas das vezes, protege. Ouvir elogios faz bem para o ego, mas faz mal quando se começa a relacionar conforto e descompromisso com troféu. Quando o homem ganha muitos troféus, cresce a tendência de ele parar de se esforçar, de ser o mesmo; e assim, sem ver, desce o nível do seu pódio. O elogio é alimentação de auto-estima e toda alimentação fortalece. Porém, esse tipo de alimentação é como a comida de todo dia, e por isso gera fezes também. Fazendo-se uma comparação, as fezes é o costume e a imobilização quando entra na audição o elogio. Mas apesar de todo elogio soar bem aos ouvidos, o olfato não se agrada. Quando alguém lhe falar bem da conduta, não admire muito a própria glória; todo mundo a tem. Senão o alimento logo, logo se torna fezes. Se não aprender a lição, da próxima vez agradeça e dê descarga, como se nada tivesse acontecido. O esgoto cuidará do seu atraso.


(Fábio Coelho)
(15.05.08)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O papel


Pele branca, corpo gentil e servo como sempre. Um papel disposto a ser escrito nunca é uma desvantagem. Coisa bonita é assim, tanta liberdade que acaba preso por si mesmo. Escrever talvez seja a maior salvação, posto que comunicação é iniciativa pra descobrir qualquer coisa. Quem disse que só existe aquilo que se conhece? Essa é a graça do mundo: a infinidade do mistério, e ainda bem que seu segredo nunca é revelado. Quão ruim seria se a sabedoria dominasse a existência, pois se assim fosse, a esperança não existiria. O adjetivo oferece forças ao substantivo, que só até então era. E ser é um verbo tão pobre que só serve para ligar. Pobre na verdade sou eu, que enfrenta e insulta tal verbo sem antes pensar que antes de tudo sou.


Fábio Campos (2007)

domingo, 27 de julho de 2008

Flexibilidade aleatória. Pleonasmo?


Se você não sabe, até hoje, que a partir de uma bela conversa sem pé nem cabeça pode surgir o livro do milênio, da surpresa, daquilo que todo mundo pensa, mas não consegue falar... Então fique sabendo, João! Muito doutor por aí não consegue chegar a algum lugar ainda descoberto, mas que pode ser, sem querer. Você já pensou nisso? É que muita gente só usa o que os outros inventam, esse é o problema. Escuta, João: qualquer coisa pode sair por qualquer lugar. Acontece que estamos perdendo as virtudes por acaso, quando pensamos que o silencio nos faz evoluir. Que besteira, João! Sabe?... A conversa deve ser qualquer, a simpatia não é tão importante, porque o silêncio nesse caso é benefício, além disso, a palavra em excesso tira o gosto de querer-se conhecer mais no outro aquilo que nos dá prazer. João, se você se inquieta quando conhece alguém, talvez não esteja no melhor caminho. Mas é somente talvez, pois cada um tem sua própria sorte. E olhe lá! Calar um pouco também nunca faz mal. Aliás, o ser humano quase odeia descobrir o outro por inteiro.


Fábio Campos Coelho (26/11/07)

domingo, 20 de julho de 2008

Seria um testimonial




Eu já falava pra você que a educação guarda honra no futuro, independente de qualquer ignorância alheia que pareça ser mais elegante ou vitoriosa. Isso é tão verdade, que os mal educados sempre pedem perdão no final. E apesar de desculpas serem gesto de arrependimento, é um pouco ridículo, parece que quem faz muita besteira não tem mais crédito.
Eu já falava isso pra você há muito tempo. Não se lembra? Na hora do caos, deixe todos os humanos sorrirem e se amarem. É direito deles. Deixe também eles passarem ciúmes uns nos outros. Você pode até se revoltar, mas é que a revolta não fere o outro como o revoltado quer que fira. Entenda essas ações medíocres como esgoto de pessoa que não consegue chegar ao asfalto. Não conseguem, pois não querem; isso também é direito deles. Em relação a temperamentos, por favor, mudemos de teoria: não seja emocionalmente constante, já que ser sempre calmo e tranqüilo acarreta a fúria selvagem que um dia com certeza se dá. Talvez viver aleatoriamente seria uma solução boa; ser imprevisível dista o stress de si. E por último, não controle a praxe de sofrer: sofra à vontade. Chorar não é vergonha, é direito inalienável. Não se esqueça: a lágrima nunca faz mal, pelo contrário. Segundo os biólogos e médicos, é o melhor tipo de colírio. Ah! E antes de mais nada: tenha dó dos normais, eles ainda não sabem que burro é quem não é ridículo. E enquanto vivemos como agnósticos, creia, porque o respeito também contém fé. Além de tudo, a vida é só uma. Com isso tudo, e não contudo, a segurança lhe virá ao pé.

Fábio Coelho (14.07.08)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Pintando camiseta


É tanta coisa que eu tenho para falar
Mas esse negócio de vestibular
Está me fazendo parar de pensar em filosofia
E na alegria de todo dia, porque na escola
Só tem historia e geografia.

Todo dia que eu vou trabalhar me vem
Aquela pergunta: por que tanta labuta,
Só para saber se existe
Força de atração entre
O espaço e a terra

Ou para saber das maiores
Leis que proporcionam
A paz e evitam a guerra.

Mas eu desisto do esforço de fazer
Alguma coisa útil mesmo que não seja
Tão útil como salvar alguém,
Mas me faz bem, pra mim faz bem.

As pessoas, quando ficam mais velhas,
Têm mania de ficar mais caladas.
Porque mesmo com tanto desrespeito
É melhor fazer silêncio do que encher
O saco de alguém.

É que com o tempo se percebe
Que quem fala muito
Cansa o ouvido do sujeito.
É melhor pensar antes de falar.
Eu prefiro ser um Zé ninguém.

E o povo ainda dorme
Enquanto o professor de redação fala
Sobre pós-modernidade.
Ou é muita maldade,
Ou é falta de idade.





Fábio Campos Coelho (2008)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Meu Cãozinho


Alvo da casa, terapia da família.
Feliz sempre como se não
Houvesse motivo pra ser triste.

Meu cão, que nem tem sentimento,
Anda pela casa sem tormento
Balançando o rabinho quando
Algum membro da família chega.

Pelo branco, encanta todo mundo
Com o seu tipo de amor.
Todo mundo ama ele.
O porteiro, a empregada e o zelador.

Na hora em que ele vê alguém
Chegando perto
O cãozinho esperto vira a barriga
Pra cima e mostra que não quer briga.

Não interrompe nem atrapalha ninguém
Ele quer carinho, porque
Quer ser gente também.

De manhã, a gente ouve os passos dele
É o membro da casa que acorda mais cedo
E de noite, se ouve algum rumor na porta
Ele late, espicha o pescoço e depois
Confessa que tem um pouco de medo.

Se alguém ameaça dar o bote
Ou faz algum gesto mais grosso
Ele pega o seu velho osso
E corre ao redor da mesa.

O contraste entre o branco feliz
E o preto do seu molhado nariz
É equilíbrio do alegre triste
É o que existe de pura beleza.

Sua prova de companhia é seu choro de lobo
Que faz quando alguém sai.
Meu cachorro é feliz,
Não atrapalha e sempre ajuda.
Meu cãozinho Duda.


Fábio Coelho (2007)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O engenheiro


Só falar de amor é complicado
Parece papo preso em cadeado
Eu prefiro mudar de assunto.

Por que pensar em romantismo,
Se é o romantismo que nos faz
Pensar? E às vezes pensar só
Acaba de afundar o sofá.

Um dia um engenheiro, que fazia tudo
Era um bom trabalhador,
Sabia a medida da força do martelo,
Construía igreja, praça, escola, castelo.

Foi chamado para fazer uma obra,
Mas que obra mais difícil!
Ele tentou com todo sacrifício
Procurando o ideal artifício
E não deu conta da missão.

Pois a obra não era medir
Nem pegar no cimento.
É inútil o conhecimento
Quando se fala em coração.

(27.03.08)
Fábio Campos Coelho

sábado, 12 de julho de 2008

Dia do tímido


Antes eu era tímido, agora sou mais ainda. Mas a timidez é merecida por poucas pessoas, apenas aquelas que acham que ela não deve ser escondida, porque ser tímido significa ter vergonha; e vergonha é se importar com as coisas. Não dar importância às coisas que se faz e acontecem é muito fácil, que graça tem? A cabeça pra baixo no elevador, o ato de puxar papo para não ouvir o silencio constrangedor, o sorriso meio forçado e tenso, não olhar no olho do próximo, se fazer de um personagem mais rebelde, tudo isso faz parte de quem não consegue ser falso, de quem é tímido. Não é questão de burrice, é questão de precaução improvisada. Viva todos os tímidos que não têm vergonha de sê-los. E tem verdade mais escancarada que essa?

Fábio Coelho (30.03.08)

Honras próprias


Certo dia estava meio assim, meio duvidoso, sem saber se ia seguir um caminho descente, que é o melhor e o mais saudável, ou se ia seguir aquele sem honra, fácil que se não é vazio contém somente um triunfo com gosto de vazio. O primeiro é que precisa de mais esforço, aquele que prova a vontade de cada um e seleciona os melhores e em quase 100% das vezes, humildes também. O segundo caminho é aquele mais aberto para compromisso, mais tentadora e menos fácil. É aquelas que te inferem a pensar que a vida é um pouco simples, ou muito, quem sabe. Mas quem é que disse que a condição da existência da felicidade é a existência da facilidade? É por isso que eu gosto dessa vida. A cada minuto ter um desafio, um meio fio que oferece conhecimento gostoso; essa é uma das coberturas do sorvete da vida, são essas coisas que nos deixam mais satisfeitos por nós mesmos, por ser útil, seres pensantes. Só, somente só!

Fábio Campos (sem data)

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O costume de viver


Depois de ler todos os livros, sejam eles sagrados, escritos pelos empregados gênios das rainhas, ou pelas crianças, o que se tira de teoria é o esboço de um vácuo, sem muita afirmação, tampouco justificativa, pois o guru que muito pensa se acostuma com a praxe de não concluir resultado concreto e depois dorme sempre igual, com a sensação extremamente verossímil de ter feito curso acerca da atitude humana em vão. Infelizmente, para os que querem criar verdades intactas sobre a conduta humana, pensar muito não seja a solução, talvez! Então, a satisfação fica para aqueles que não exigem explicação lógica para as traições e os medos. Esses sim, dormem mais tranquilos com a sorte de não saber que ser ignorante não infringe a ética; é apenas opção inconsciente. Sorte a deles!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Também acontece




Não se importe com ela
Que daqui a pouco ela volta
Eu digo isso meu irmão
Porque já vivi a dificuldade
Que um amor tem para
Se confessar.

É assim mesmo,
Você fica pensando de noite
Sozinho, porque ela tanto
Demora pra descobrir,
Mas ela tem medo de da
Escada gigante do amor cair.

Mas não perca a paciência nego,
A escada é ferramenta de delicadeza
Enquanto um sobe o outro agüenta
Que é pra provar paciência e gentileza.

E outro conselho de garoto sofrido
Se ela cair lá de cima não julgue,
Nem reclame.
Mesmo o homem mais perfeito
Do mundo um dia dá o seu vexame.

E quando você estiver com a cabeça
Quente demais não vai sair na rua
Fazer besteira, quebrar copo, rasgar retrato.
Só vai conseguir ter respeito
Aquele homem que, mesmo com as
Decepções inesperadas, ainda é sensato.

Eu lhe garanto: quando você estiver
Na descrença do amor, desanimado
E aflito.
Ela vai te pedir perdão e os dois juntos
Na escada vão subir até o infinito.


Fábio Coelho (09.07.08)

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Sexo


E algo bruto, coisa divina. Vai devagar primeiro, continua continua.
Depois acelera, estimula estimula. A todo instante mantém uma certa comunicação com minha consciência,
avisando que está tudo bem e que o ato é sempre assim
é exercício delicioso, violento, prazeroso
é o momento em que você bota todas as vontades cotidianas no pote cheio de maravilha notória. Faz bem à saúde, oferece um sorriso esperto e pilantra.
Arrebenta a meiguice, elimina a timidez e mostra a coragem.
é bom é muito bom; é um vício que nem os pais contestam.
O seu resultado é o alívio, seu começo é pirracento e ansioso e o meio é essencial.
e se alguém intrometer, meu Deus do céu, em um segundo acaba com a moral.
É safada, necessária apaixonada mas nunca precária.
Surge em qualquer lugar e quem insiste em desistir é alvo de tentação e consequentemente tormento. Nossa, como é um sofrimento não poder saber de toda maravilha oferecida pela própria natureza.
Quem fala que é pecado é infeliz e invejoso, pois não há arte mais alegre que esta. Pode causar estrago, mas um estrago que não faz mal.
Gera gente, coloca uma semente no buraco do inferno. Vai, volta, vai volta e assim vai constantemente.
Até que uma hora um homem inocente finalmente confessa que não tem mais forças e sente que seu grande, invencível e valente machado foi traído e sugado pelo mais belo e cínico monumento feito por Deus: o orifício do Diabo!

domingo, 6 de julho de 2008

João e Pedro


Era uma vez um menino que se chamava João.
Quando crescer ele queria ser um bom pedreiro.
Quando João cresceu arrumou um amigo chamado pedro que era pedreiro.
Um dia João perguntou para Pedro:
__O que você faz?
__Eu sou pedreiro, e você?
__Eu também queria ser pedreiro para construir muitas casas.
Pedro, como era muito bom falou para João:
__Estou construindo uma casa e vou levar você para me ajudar.
E os dois foram trabalhar juntos até 1996.
E como Pedro não tinha casa, só João tinha, ele convidou o seu amigo para morar com ele.
Quando terminaram de construir a casa, saíram procurando outro emprego.
Como eles eram bons pedreiros acharam nova construção para fazer.
Eles eram felizes porque trabalhavam.
Ficaram ricos e saíram do emprego.

Fábio Campos Coelho (1996)

Passa-Tempo


Entre os dedos havia cabelo. O mistério agora escondido se deve à vergonha de se mostrar, que se for exposta alguém percebe. Alguém pergunta por que não se deixa falar de tudo. O outro, do outro lado da calçada, separada pela rua da diferença de personalidades, coçada a cabeça, pensava... Demorava pra responder, mas depois, de forma muito simples, dizia que era direito seu. Ta certo, é isso aí. Eu, o escritor, e o mesmo cara que demorou a responder o outro são as mesmas pessoas. Mas esses três são de mesma personalidade, ou será que não? Lógico que sim, são sim! O jeito de pensar é diretamente proporcional à ocorrência dos fatos. Já pensou quanta coisa já aconteceu na sua vida? Se algumas dessas coisas não tivessem ocorrido, as conclusões seriam diferentes. O caminho do seu destino, você e sua criatura amada: tudo seria diferente. Mas não viemos falar disso. Aqui, no papel, isso não faz muita importância. E como o que acontece no papel tem importância para o escritor, o mais relevante é isso: Causar a euforia de tentar saber o que está por trás das letras. Volta-se lá no primeiro parágrafo para tirar alguma interpretação. Mas não; só quem escreve sabe o que escreve.
Mas para tudo isso há uma explicação: O escritor sempre esteve tentando provocar no leitor a vontade de descobrir o mistério, porque a caneta também não consegue descobri-lo. Mas se a graça do mistério é sua própria existência, deixa pra lá. Tudo é passa-tempo, como a vida.


Fábio Coelho
(01.07.08)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ouro preto


Por que querer morar longe de todos?
Para conhecer outros sotaques
E depois ver que os melhores parques
Ficam aqui na sua cidade?

Por que querer mudar de vida
Se a vida vai continuar a mesma?
Algo diferente pode até
Acontecer, mas não vai passar
Do dinheiro a mais do aluguel
Que você terá de pagar.

Para que procurar tantas repúblicas
Se você já mora numa casa
Onde tem a empregada, o irmão
E os pais que sempre acordam
De madrugada pra conferir
Se você está realmente bem.

Por que sair da sua cidade natal,
Onde tem a galera alto astral
Para morar sozinho e chorar
De saudade, mesmo com tanta
Liberdade de acordar mais tarde.

Faz o seguinte: você vai lá e testa
Se realmente tem muita festa
Que de verdade vai lhe agradar.
Mas como menino você se comporta
E ainda não sabe que o que importa
É uma só pessoa que o possa amar.


As cachoeiras têm água transparente
E a gente não consegue achar paisagem melhor.
Mas antes de você mudar, use a mente:
Não poderá mais tomar banho de água quente
Ouvindo Jorge Ben Jor.


Fábio Campos Coelho
(04.07.08)



terça-feira, 1 de julho de 2008

A sabedoria


Escute, meu amigo, eu sei
Anda tudo bem contigo.
Mas não vai achar que
Essa gloriosa estabilidade
Exemplar e justa personalidade
Não pode te derrubar.

Eu sei, meu caro amigo.
Já aconteceu comigo.
Quando tudo estava bem
No auge da segurança
Veio uma simples criança
Dizendo verdades que eu esquici.

São verdades bem simples
Que os adultos esquecem
Por causa do costume de cansaço.
E então, de tanto viver a vida
Não querem mais embaraço
E acabam com preguiça de pensar.

Mas as coisas não são assim, meu rei.
Por que atrás da Bíblia e enciclopédia
Da gramática e do dicionário
Do livro antigo escondido no armário
Está alguma lei.

Que se despedaça em valores
Que você tem preguiça de entender
Porque entender a verdade é muito problema.
Então você diz que já bastam os seus
E problemas ninguém quer ter.

Porém, se você não seguir os velhos conselhos
De justiça e humildade
Quando você tiver com um pouco mais idade
Vai se arrepender.

Não entenda a voz da sabedoria
Como algo que quer te humilhar.
É que com o sofrimento do dia-a-dia
Alguém tem de a verdade avisar.

Fábio Coelho (01.07.08)