domingo, 21 de dezembro de 2008

Férias de Faculdade


Hoje foi um dia gostoso
Ouvindo Chico, Caetano Veloso
Acordando depois de meio-dia
Todo dia, todo dia, sem dó.
Lendo o que quer agora
Sem a regra da faculdade
Livros da Grécia, Antiguidade
Voltamos como antes
Lendo a divina comédia dos Mutantes.
Três meses de férias.

Eu não vou mais a Peru
Mamãe falou que era perigo
Meu pai disse: meu amigo
Eu trabalho demais, mas não vai dar.
Você vai levar tudo em dólar?
No bolso? Seu moço,
Quando eu era jovem não era
Tão louco quanto você.

Mas Pai, deixa eu ir
Deixa dessa, você fazia muito
Mais peripécia do que eu.
Mas Pai, deixa eu ir pra Machu Picchu
Sou cara sensacional
Nunca fiz nenhum mal
Passei em universidade federal
Pelo amor do vô toim.
Não bin, não bin!

Então tá bom, deixa de frescura.
Eu vou é pra Bahia, estado da loucura
Dormir em barraca junto com barata
Mosquito e formiga.
Vou para a praia de pratigi.
Vê se não vai me impedir
De sair do cerradão
Itacaré é diversão, só doido e artista.
Viva a velha amizade do Marista.

Fábio Campos Coelho (18.12.08)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O fuxico em Outro Universo


Hoje o dia não prestou
A gasolina acabou
Choveu o dia inteiro
Mas quando eu fiquei sabendo
Que o Lelo está vindo pra Goiânia
Largar o Rio de janeiro
O sol se encheu de alegria
E eu ganhei, ganhei, ganhei meu dia.

Eba, Eba, vai rolar risada
No bar do preto
Bebendo cerveja, comendo espeto
Que lindo, veja
Em qualquer lugar, ali, aqui.
No Tambaqui, casinha de Matheus
O Lelo já vem vindo, que lindo
Ai Meu Deus.

Hoje a festa vai ser boa
Oba, Oba!
Doutor Lelo contado piada
Coisa boba, procurando o MV
Garotas, Garotos e afins
Ele está em Tocantins.

É final do ano
Todo mundo já cansado
Então fica bem esperto.

Escreve o nome de todo mundo
E tira o papelzinho
Do amigo secreto.

Os meninos estão chegando
O Dumon, garoto legal
Ele e sua morga dominical.

O Rafael, camarada Rafinha
Ao seu lado sempre uma menininha.

O Renam, menino encapetado
Dando tapa em quem está ao lado.

Amigo Tiago, faz afago no seu cão.
Todo dia é dia de ver ele
com a vara de pesca na mão.
O cabeção, nem crente, nem ateu
Mas pode pedir um dinheirinho
Pois ele é judeu.
Tem o Leandrinho,
Sagaz garotinho, desbravando o mato
Coisa de maluco, isso é fato
Mas no fundo ele é bonzinho.
Olha a Carol, pegou aquele sol
para exibir seu bronzeado
Que não é poupado
E seu cabelo de caracol.

O Norminha, cara inteligente.
Está ali na cozinha
Fazendo peixe pra gente.

Olha o Macaco em cima da árvore
Com um papel faz um verso
Vamos logo para a Bahia
Procurar a alegria
Em outro Universo.


Fábio Campos Coelho (17.12.08)

domingo, 14 de dezembro de 2008

Vacilos Gerais


Sentir um dia de tédio não é pecado
Tem dias que dão a vagueza
E parece que já se completou
Tudo aquilo que se podia fazer
Mas se você pensar bem
Comece a lembrar dos detalhes
Que fizeram a diferença
Em sentido de subtração
Quando você ficou calado
Deixando de falar uma frase
Que mudasse alguma coisa
Pra melhor.

E você ainda vê as qualidades
Daqueles meninos que fumam maconha
E são alegres por espontaneidade
E não percebe que pode mudar
Vendo a alegria como evolução
Alegria tímida, expositiva, qualquer
De qualquer modalidade
Nunca faz mal.

Um defeito sempre é posto
Naqueles meninos que riem sem porquê
Tem gente que acha bobo
Quem é feliz por opção
Mas não vê que esses meninos
Podem servir de reflexão
Do vacilo de ficar calado
Porque a professora na quarta série
Falava que boca fechada não entra mosquito.
Que ditado esquisito.

sábado, 13 de dezembro de 2008

O sentido escondido em cada pessoa


A ciência sempre diz com certeza bruta
E a igreja impõe verdade absoluta
A humanidade tem muito respeito e escuta
Porque ainda não sabe o motivo por que está aqui.

A vida dá uma surpresa toda hora
A morte de repente te leva embora
O menino de madrugada sempre chora
Porque a estrela brilha, mas não responde onde vai cair.

A mamãe fala que vovó acabou de ir pro céu
O poeta tenta revelar tudo em papel
E o senhor Nietzsche fala em eterno retorno
Mas nenhum médico nunca conseguiu ressuscitar um morto.

O menino cresce ouvindo conversa de pai
Lhe falando que a cada mentira contada
Deus lá de cima tira uma bolinha
E coloca outra se o filho andar na linha.

Allan Kardec fala na reencarnação
O padre diz: quem vai pro céu é só cristão
E a humanidade evolui a comunicação
Eu já ouvi isso alguma vez.

De repente cai um meteorito na terra
Ou o mundo se acaba em guerra
E o povo descobre que sentido é uma palavra
Criada com o mesmo objetivo
Com que se cria a sinuca e o xadrez.


Fábio Campos Coelho (14.12.08)