segunda-feira, 17 de março de 2008

Física


O amor é uma pilha.
Quando eu a amo
O meu pólo positivo atrai
O negativo dela,
Que não quer gerar energia.

A capacidade da sua gentileza,
Meu Deus, é quase nula.
Anulando assim a potência
do meu desejo de esperar alguma variação
ou alguma força que antes ela mostrava.

Eu até que tentava dar um impulso
Sem pressionar com energia sonora.
Mas não tinha quantidade
De movimento essa senhora.

E o que eu procuro agora
È a intensidade vigorosa
Que em todo momento, toda hora
A gente percebia continuar.

A diferença de potencial
Da minha verdade legal
Talvez a engane, coitada.
Eu não sei.

O ponto de encontro
Entre as nossas ondas,
Energias e união
Foi ficando com a freqüência
Cada vez menor, cada vez menor.

E quando eu passo pelos caminhos
Em paralelo dos seus erros,
Que por sua vez são normais,
Ela aumenta sua tensão.

Até chegar num momento
Em que a minha resistência
Não tem mais esperança.
E inevitavelmente desiste,
Se tornando tênue, tênue.

Fábio Coelho (2006)

Um comentário:

luna disse...

noooooooooooooooooooooooo!
muito muito bom!
saudades binho!
:(