Credo, mãe. Quando eu penso que sou incapaz de me surpreender eu acordo com vontade de escrever. Olha isso, que bom; eu me surpreendi. Com a percepção de que sempre tenho alguma coisa em mente o meu ego infla, e não me diga que isso é ruim, porque ter orgulho de si mesmo não é vaidade, é uma certa conseqüência da reflexão dos próprios atos, da própria conduta. E quando a nossa conduta está boa, satisfatória, por que negar isso? Por que se abster da alegria de ver que se é uma boa pessoa? O problema do ser humano é que a cada hora ele tenta achar um defeito nele para ter algum problema pra pensar, invés de ver que tem virtudes também. Que bobeira é essa? Mas existe o outro lado, um lado um pouco mais desagradável, porém indispensável de se pensar. É o lado real, quando chega a hora de ver os defeitos, as coisas que fazemos mas que não conseguimos entender. Quanto mais o tempo passa mais temos senso crítico, isso é questão de raciocínio. E essa obrigação de ser mais certo pelo fato de a idade sempre aumentar cobra muito e exige por opção ou não arrependimento de ser bem menos do que se pode ser. Talvez tal arrependimento seja exagerado, mas é que a gente cresce e quer sempre melhorar algo. Se você arrepende-se não fique tão triste, que sua tristeza de ter errado é menor que a alegria de assumir que errou. Chorar por arrepender não é pecado, é virtude vinda por você mesmo, e não por alguém alheio da sua consciência. Você está no caminho certo.
Fábio Coelho (11/02/08)
Fábio Coelho (11/02/08)
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