sábado, 31 de maio de 2008

O poeta e o leitor


Se é poesia tem que ter forma
E outras rimas e orações subordinadas
Através da qual o poeta suborna
Quem tenta entender seu pensamento.

A poesia pode ter brinco, colar e tatuagem.
Mas não é bom esnobar aquelas simples.
Cada um valoriza a preferida, depende do leitor.
Só que o valor que importa é do próprio escritor.

Se é poesia tem que haver lágrima
E se não houver tem que ter mistério
Quando a liberdade resolveu ser à vontade
O leitor tenta padronizar aquilo que
Nasceu para não ser sério.

Enquanto o leitor lê certa poesia
Tentando ver nela algo de alegria
O poeta ri do moço tolo, com ironia.
Ele só queria falar do simples dia-a-dia.

Portanto, desconhecido, mas querido leitor.
Não tente traduzir o pensamento do poeta.
Não é querendo privacidade, nem sendo egoísta.
A verdade não é coletiva, é individualista.
Além disso, poesia nunca foi idéia iluminista.


Fábio Campos Coelho (19/03/08)

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