quinta-feira, 5 de março de 2009

Me diga o que devo sentir


A ilusão de qualquer mortal,
Mesmo sendo animal racional,
É pensar que, depois de muita experiência,
De estudar filosofia, literatura, a ciência,
Haverá fórmula concreta de como pensar.

Mas é tudo mentira esse bafafá
Mascarado pela aparência de maturidade
Pois mesmo com muita idade
A querida humanidade ainda erra
Coletivamente ou em particular.

Me diz, Deus, ao pobre mortal aqui
Como devo sentir depois disso tudo
Depois dessa eterna busca pela moral,
O princípio da educação e piedade.

Porque na confusa sociedade
Não se sabe qual é o sentimento
A ser priorizado ou se não existe
Essa bobeira de priorizar coisa nenhuma
Já que a vovó fala ao netinho
Que é pra ele pensar mais em si.

Me diga o que devo sentir
Quando chego ao bar
E ver o cotidiano de rir às quintas.

Mas seria mais agradável
Você me dizer, na hora de dormir
Em tom saciável: Não sintas.

Um comentário:

luna disse...

nossa jor, que lindo! ficou massa mesmo, essa tem que ir pro livro! ;**