terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ouvindo Gal


Você vai pro bar, bebe cerveja, conversa como jovem
Admira o agito que existe ainda entre nós
E esquece de ter saudade de alguém.

Mas a noite, você ouve Gal Costa.
Chora, chora, gosta, não gosta,
Gosta sim de sentir saudade.

Lembra de quem te fez diferente
Agradece a Deus por ela existir
Já cansou de sair e procurar alguém
Que substitua a querida.

Todo dia, eu sei, que você tenta
Ser alegre com outra pessoa
Mas a tentativa não ressoa
Porque toda pessoa é singular.

Cadê o pessoal
Depois do agito do bar?
Tira a música da Gal
Porque eu não quero mais chorar.

Fábio Coelho (19.11.08)

3 comentários:

Juliana Walczuk disse...

Somos dois que tem ouvido muito Gal então :)

Lívia de Araújo disse...

Gal Costa \o/
Nossa, adorei esse poema! Mesmo!
Acho que de todos os seus que eu já li considero este um dos melhores!
Beijos Tigrãozão ;*

luna disse...

caralho mano, cê é o cara de novo!
anão, pireiiii!
nossa!
nossaaaaa!
PERFEITO

'Cadê o pessoal
Depois do agito do bar?
Tira a música da Gal
Porque eu não quero mais chorar.'

o ápice do vazio, profundíssimo!

binho jor comandaaaa