Você não se lembra de que
o professor falava pra medir as coisas todas?
Mas você concorda com ele, mesmo?
A efusão verdadeira de antes
agora se torna mais madura
e já não se pode mais chamar isso
de efusão.
Não há outra coisa a explicar
como causa, senão o tempo.
Não existem desculpas, existem ilusões.
O tempo é o cúmulo da mudança
e aplaca alentos cuja condição de existência
é a vaidade e a juventude.
Aquela preocupação de ser visto
com más impressões,
andando nas ilhas
que dividem as avenidas,
não é costume indispensável.
Já que sabemos (ou não?)
que a existência da veiculação fétida da reputação
é tão efêmera como chuva de verão.
Hoje no samba eu não vou suar,
mas amanhã, quiçá.
Depois de amanhã... Aí sim!
Vou tomar banho de suor.
Ora! A maturidade faz bem ao maduro,
contudo pode amadurecer demais.
Demais.
Os sábios souberam, viveram,
souberam e viveram tanto,
mas tanto, mas tanto,
que atrofiaram os mesmos alentos.
Daí as barbas brancas.
Fábio Campos Coelho (16.07.09)
2 comentários:
tenho pensado muito sobre isso, meu caro Thubin. Acho que pensar sobre isso vem com o tempo. Isso eh sinal de velhice? Tomara que não.
Tá escrevendo muito, muleque.
Não p(á)ara!
cada vez melhor! digno de ser meu poeta favorito! ;*
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