domingo, 7 de junho de 2009

Vó Coló


Mãe de Anita e Florindo
Filha de Anita e Florindo
Prepara a lancheira para os dois meninos
Ai, que acalento, que ventre lindo.

Avó universal, não me leva a mal
Mas a melhor do mundo!
Põe Antônio no eixo em um segundo
Mesmo com tanto pudim, sorvete e rocambole,
Mostra a seriedade como disciplina
Ensina, ensina e não dá mole.

Acorda cedo, mas bem cedo
Chama Bruno, Mariana e Gabriel
Chama Fábio, chama Alfredo
Parem de brincar, vêm vindo
Que tem bife acebolado
Arroz solto e caprichado
E aquele suco gelado de tamarindo.

De madrugada acorda com Toim, que ronca
Não deixa barato e dá uma bronca
Mostra que tem moral,
Que casamento não é carnaval
Mas depois adula.

A tarde lembra que tem muita gente
E como a mais inteligente
Com ofício de justiceira
Esconde cural no fundo da geladeira
Para o neto caçula.

Um belo dia a linda Dona Clotilde
Num estado satisfeito e humilde
Conclui que já fez sua parte
Depois de ter olhado nos espelhos.

E resolve descansar, cansada de barulho
Deixando com saudades
E principalmente muito orgulho
Bragas e Coelhos.


Fábio Campos Coelho (08.06.09)

3 comentários:

Zilianna Farrapeira # disse...

*---* ta lindo o seu blog :x
o poema tbm ! *:
ziiikaaa

Maurício Campos Mena disse...

Massa! Nem tenho uma vó assim. Tenho aquela inveja boa de voc~e, mano.
Experimenta escrever isso em prosa, muleque! Sugestão só, acho que ficaria melhor. Tipo uma crônica.

Não pára!
Abraço!

Ou tô escrevendo umas coisas na minha parede aqui, chega aí depois pra ver. E citar umas.

luna disse...

Quando vc ficar famoso, essa poesia vai para as épicas, histórias cotidianas de uma família. De uma avó linda! =)

jorzinho do céu, que saudade!
;**