segunda-feira, 18 de maio de 2009


Os Ducas

Em outra terra, onde foi morar
Por razões acadêmicas, escolares
Foi que um goiano, em tom alegre
Nas quintas-feiras, loucuras dos bares
Conheceu um brasiliense muito camarada,
Que, como grande filósofo raulzito,
Sabe que dessa vida não se leva nada.

Através de preferências parecidas
Que já existiam há quarenta anos
Chicos, Tons, Vinícius e Caetanos
Cansados de muita cultura palha
Priorizando Bandeira e a Tropicália
Compensando o cansaço com Betânia
Ataram amizade sincera e espontânea.

E com vontade de ser um pouco mais,
Pelo menos a metade do que foi toda essa gente
Crendo que jovem também é inteligente
Foram os dois com flexibilidade de chiclete
Criando o movimento literário da quatrocentos e sete
Concordando com Aristóteles, lá da antiguidade
Que um bom começo realmente é a metade.

E foi-se descobrindo poesias velhas
A loucura, entre vermes e camélias
Liberdade, Lembranças do mar infinito
Perdão absoluto, a moça da cantina
Agora sou eu que cito, essa foi pra uma menina
Se ligaram que a habilidade não era sinuca
Mas havia ali certa personalidade Duca.

Eu sei que te paguei ingresso de um bom show
É que te considero demais, sem viadagem
Sua pessoa não diferencia meu saldo
Agora, por favor, me coloca nessa viagem
Que não preciso pagar passagem
E vamos logo Pra São João Del Rei,
Boa e velha cidade de Oswaldo.


Fábio Campos Coelho (19.05.09)

01:27 da madruga

Um comentário:

Deputada Cilene Guimarães Escritorio Virtual disse...

Parabéns pelo seu blog, adorei o seus escritos!