
Na verdade é o que eu sempre sonhei:
Companhia que cola de repente e se descobre gêmea de mim.
A amizade é um raio involuntário de Deus,
é jardim que nasce do nada, combinação
aleatória parida pela sinceridade.
São personalidades diferentes que se cruzam
Se acabando em dia de não ir para Goiânia.
É preciso ficar aqui!
Acho, no fundo, um tão diferente do outro
Mas são tão iguais esses meninos.
“São iguais em que?” Dizem pessoas nas cadeiras dos bares
Olhando-os descendo qualquer escada,
Às vezes conversando, às vezes calados
Mas sorrir é obrigatório,
é coisa de garoto soberano em sua alegria
porque assim se leva o mundo na mão e no sorriso
sendo a tristeza papo deixado pra depois.
A lacuna que existe em cada um
Se satisfaz com a presença dos outros que reinam.
São novidades contadas, papos furados
e existe coisa melhor que se encontrar com Gato Félix
para estourar uma conversa sem pé nem cabeça?
Não há jeito de pensar em ser triste:
O tempo é pouco, deve ser usado sem ponto negativo!
Quando um se aborrece, chega o outro
E depois chega o outro outro,
Falando coisas de mascotes, fazendo gestos de bonecos
Num campo de futebol, num campo entre guapuruvus,
num sonho maluco
De um maluco que descobriu ser mascote
Sem querer descobrir e já sendo desde o início.
Era inevitável a descoberta,
Alguém teria que descobrir.
Se não foi no consciente, teve de ser num sonho
E sonhos são inspirações sinceras.
Alguns perguntam o que são mascotes
Uns falam que são todos os jovens
Outros falam que são vagabundos,
Mas o conceito não é fixo,
Está por descobrir a cada dia,
Está em formação infinita,
Está no que cada um acha ser alegre.
E eu nem preciso olhar para trás
para dizer que foi sempre o que eu sonhei.
Bin 18.04.11